Confusão tipicamente brasileira

10/07/2018 20:13

"Penso que a esquerda brasileira nunca soube separar e distinguir adequadamente o interesse difuso dos mais pobres daquilo que são, tão somente, demandas corporativas do setor público. Vai daí a confusão, tipicamente brasileira, entre o público e o estatal. Observe-se o caso da educação. Nosso modelo de educação estatal atende os interesses das corporações sindicais, mas atende os interesses dos estudantes mais pobres, que ficam sistematicamente nas últimas posições do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos)?"

 

Entrevista de Fernando Schüler, filósofo e professor do Insper, dada à revista Filosofia edição 139