Darwinismo universal

06/09/2015 16:01

"Muitos estados de baixa entropia, no âmbito da física atômica e da química, são bem explicados na estrutura do darwinismo quântico com a operação de forças e partículas fundamentais em um universo em processo de esfriamento e outros ambientes especilaizados, sem a necessidade de leis científicas adicionais. No entanto, qualquer explicação da evolução da vida sobre a Terra e a sua subsequente evolução para formas mais complexas, tem necessidade de leis científicas adicionais."

Estas explicações e suas consequentes leis científicas, podem ser entendidas usando o conceito dos sistemas adaptivos. Sistemas adaptivos, como definido por Karl Friston (2007) e outros, envolvem a dinâmica dos sistemas que atuam para otimizar seu relacionamento com seus ambientes a fim de manter estados de baixa entropia. Ponto central da análise de Friston, é a conclusão de que sistemas adaptivos devem conter modelos de seus ambientes e de causas no interior destes ambientes. O estado ótimo de um sistema adaptativo resulta de sua habilidade em minimizar sua energia livre em um sentido informativo, ou seja, reduzir a discrepância ou 'surpresa' que experimente, quando interagindo com seu ambiente."

Ponto central deste processo é a abilidade de um sistema adaptativo em descobrir e implementar adaptações ou estruturas que possam mediar a interação do sistema com o ambiente e atuar de maneira a limitar o aumento da entropia do sistema. Este processo de evolução e descoberta é quase sempre alcançado através da atuação de um processo darwiniano. 

Sob esta ótica, muito da lei científica responsável por limitar a entropia em sistemas complexos, deve ser entendido como os detalhes do modelo inerentes nas adaptações descobertas por sistemas adaptativos, que foram criados e evoluíram para seu estado presente através da atuação de processos darwinianos (J. Cambell 2009)."

 

John Campbell, Universal Darwinism the path of knowledge (traduzido e adaptado por Ricardo E. Rose)