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“Formavam-se então bandeiras compostas de mais de 600 pessoas, que seguiam sob a direção de um chefe (cabo da tropa) e de dois capitães seus ajudantes. A organização era feita em São Vicente, nos primeiro tempos, e depois nas vilas de São Paulo, Parnaíba e Taubaté, e a partida fazia-se sempre duas vezes por ano, depois da Páscoa e na primavera.

O tempo que gastavam no sertão era ilimitado; nenhuma partia com tempo marcado para a volta, que podia demorar dois anos, três ou mais anos. Bandeirantes houve, como Antonio Raposo, que esteve dez anos no sertão.”

 

Gentil de Assis Moura (1868-1929) historiador brasileiro em As bandeiras paulistas, estabelecimento das directrizes geraes a que obedeceram o estudo das zonas que alcançaram (1914)